sábado, 31 de janeiro de 2009

vida e maestria

O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente.
texto budista

Hemisférios do cérebro disputam neurônios.

Getty Images


Assim como a maioria dos animais, os seres humanos possuem um desequilíbrio no cérebro, sendo um dos lados mais ativo que o outro. Esta assimetria no funcionamento cerebral varia de pessoa para pessoa e pode ter causas hereditárias ou estar relacionado à atividade comportamental do indivíduo. As informações são do site Live Science.
Cientistas britânicos, autores da descoberta, afirmam que os neurônios, as células cerebrais, migram a distâncias longas entre um hemisfério e o outro, reforçando o lado mais "utilizado".
Segundo os pesquisadores, os hemisférios "brigariam" entre si para disputar os neurônios, o que geraria esse desequilíbrio. A batalha para atrair as células nervosas de um lado para outro seria regida por uma proteína denominada Fgf8. Ela seria responsável por atuar como um imã que estimularia a migração dos neurônios.
"O resultado aponta o porquê das diferenças nos tipos de neurônios do lado esquerdo e do direito do cérebro e quais exatamente suas ligações", disse o Stephen Wilson, professor da Universidade de Londres e um dos autores da pesquisa, publicada recentemente na revista Neuron.

Luta desleal

Como ambos os lados do cérebro contêm a proteína Fgf8, eles fazem uma espécie de "cabo-de-guerra" para atrair a maior quantidade de neurônios para si. Mas a luta seria injusta, pois o lado esquerdo do cérebro produziria maior quantidade desta proteína de atração.
A proteína Nodal seria a responsável pela "vitória" do hemisfério esquerdo na briga pelos neurônios. Presente do lado esquerdo, quando entra em contato com a proteína Fgf8, a combinação das duas provoca conexões que aceleram o desenvolvimento do hemisfério esquerdo, situação que poderia ajudar a defender a hipótese de que pessoas canhotas são mais inteligentes.

Diferenças humanas

Realizados com embriões de peixes, os testes não pretendiam explicar as razões do desenvolvimento de canhotos e destros, mas apenas buscavam traçar uma nova linha de investigação sobre o funcionamento cerebral nos dois hemisférios.
"A assimetria cerebral é muito mais complexa do que uma simples equação que explique a diferença entre esquerda e direita", declarou Wilson. "Quase todas as pessoas que escrevem com a mão direita processam a linguagem do lado esquerdo, assim como podem concentrar certas capacidades o do lado direito. Isto sugere que, embora não preferencialmente, certas habilidades podem ser desenvolvidas nos dois lados do cérebro, da mesma maneira como podem se processar separadamente", complementa.
Exemplo dessa equivalência seria o caso de pessoas que jogam bola com a perna direita, mas escrevem com a mão esquerda. "Algumas dessas assimetrias podem ser determinada geneticamente, assim como, às vezes, podem ser reforçadas através de hábitos de comportamento. Em outros casos, ainda, trata-se de uma capacidade aleatória do cérebro", explicou Wilson.

Equilíbrio natural

Em alguns casos, a atividade cerebral não predomina em apenas um dos hemisférios. O cérebro seria responsável por compartimentar-se automaticamente para maximizar a eficiência.
"Essa assimetria é essencial para a função cerebral, pois permite que os dois lados do cérebro sejam preparados para serem ativados, aumentando a sua capacidade de transformação e evitando situações de conflito entre os dois hemisférios", conclui Wilson.

Primeiros passos rumo ao cérebro sintético

©Yannis Ntousiopoulos/shutterstock



É difícil acreditar que algum dia alguém será capaz de construir um cérebro 100% sintético, mas cientistas americanos já começaram a dar os primeiros passos em direção a este distante objetivo. A idéia é fazer uma réplica funcional do órgão humano toda em nanotubos de carbono.“Nesse momento ainda não sabemos se isso será possível. Estamos avaliando a viabilidade”, diz a engenheira Alice Parker, da Universidade da Califórnia do Sul. Os desafios são colossais, mas não impediram a pesquisadora de conseguir um financiamento de cerca de 350 mil dólares da National Science Foundation, a principal agência de fomento à pesquisa dos Estados Unidos.Por enquanto os cientistas estão trabalhando com modelagem matemática e construindo pequenos arranjos de neurônios artificiais para tentar simular a plasticidade do cérebro humano, isto é, a capacidade de aprender e se adaptar a mudanças. Supondo que tudo dê certo, eles calculam que só por volta de 2022 seria possível construir, com a tecnologia atual, um protótipo simplificado de cérebro inteiro com 100 bilhões de neurônios – o que exigiria um espaço físico imenso. Outro problema já antevisto é o fornecimento de energia, já que, além de consumi-la em grande quantidade, o cérebro nunca desliga.Apesar de tudo, os pesquisadores vêem aí uma oportunidade para explorar as propriedades dos nanotubos de carbono nas neurociências. Segundo eles, esse é o material ideal para replicar o funcionamento cerebral, já que sua estrutura tridimensional permite conectividade em todas as direções. Além disso, é menos provável que uma prótese feita de carbono cause rejeição pelo organismo. Segundo Parker, por ora só há possibilidades, mas podem surgir novas descobertas e tecnologias nos próximos anos que encurtem esse caminho.


30 de janeiro de 2009 in viver mente e cérebro http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/primeiros_passos_rumo_ao_cerebro_sintetico.html