sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sobre ato de ensinar e o estudo das neurociências



Uma das idéias que sempre reforço com meus alunos, seja no ensino superior ou nos cursos de formação de professores no ensino médio, e a de que nos professores somos o grupo de profissionais que mais trabalha com o cérebro ao mesmo tempo em que somos um dos grupos profissionais que menos compreende o assunto. Infelizmente, um rápido olhar direcionado aos cursos de Pedagogia, as diversas Licenciaturas ou no ensino médio para os cursos de formação de professores nos mostra a carência de disciplinas que tenham como foco as neurociências e seu papel no processo de ensino-aprendizagem. Atualmente, acredito que um profissional da educação ao se deparar com estudos oriundos dos vários campos da neurociência, tem a possibilidade de adquirir uma nova visão acerca da forma como desenvolve suas atividades rotineiras. Saber como funciona o cérebro, como são processadas as informações, que partes são responsáveis por determinadas atividades e como o professor pode auxiliar na ampliação de suas potencialidades são apenas alguns dos elementos que podem e devem ser estudados pelos profissionais da educação. Notem que a idéia aqui não é fazer da neurociência uma chave que abre todas as portas para as soluções dos problemas que a Educação e seus atores, pais e alunos enfrentam hoje. Mas sim perceber que a partir deste estudo podemos sim obter algumas respostas, seja no campo da educação popular com toda a sua diversidade, seja na educação a distância, passando pela educação presencial formal ou mesmo a educação desenvolvida em espaços não escolares. Acredito hoje que a neurociência é uma das ferramentas das quais o professor não pode deixar de carregar em sua caixa.