sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

alimentando o cérebro


Consideremos o tema da alimentação. Atualmente, acho difícil encontrar algum especialista ou mesmo leigo que seja contra a idéia bastante difundida de que uma alimentação saudável auxilia no desenvolvimento da função regenerativa do corpo humano. Mesmo antes das pesquisas científicas comprovarem ou não, podemos identificar inúmeras receitas de chás, sucos e remédios populares elaborados a partir dos mais variados ingredientes.
Em todo mundo é possível perceber, seja pela difusão de notícias, seja pelo aumento das publicações do gênero, de um considerável aumento no interesse por esse tipo de pesquisa. Nutricionistas, médicos e leigos do mundo todo tem partilhado informações referentes à forma como determinados alimentos auxiliam no funcionamento do corpo humano. Como o nosso tema principal é o funcionamento do cérebro, nesta postagem falaremos um pouco sobre algumas descobertas ligadas ao tema da alimentação para um cérebro saudável.
Sabemos que ao nascer o cérebro humano é como uma esponja que absorve todo tipo de estímulo apresentado ao seu redor. Estes estímulos auxiliam na criação e desenvolvimento de complexas redes neurais. Com o passar dos anos e dependendo do tipo de vida que levamos, vemos cada vez mais reduzida a capacidade de funcionamento do corpo.
Hábitos simples, como exercícios físicos e mentais podem minimizar ou mesmo reverter em alguns casos os efeitos do desgaste causado pela maturidade do corpo humano. Mas a cada dia o agente nutricional tem ganhado mais espaço neste debate. Diversas pesquisas tem sido realizadas sobre a função dos alimentos no estímulo da memória, da criatividade, do bom humos e da inteligência.

Pesquisas no Canadá, EUA, entre outros países apontam para uma possível associação entre a falta de nutrientes relacionados ao aparecimento de determinadas doenças como o mal de Parkinson e Alzheimer. Estes pesquisadores crêem que a insuficiência de nutrientes pode ser a causa de alguns distúrbios cerebrais e comportamentais. O que sabemos é que a falta de certos nutrientes no cérebro tem efeitos sobre a capacidade cognitiva do indivíduo e ainda podem gerar doenças que degeneram os neurotransmissores, contribuindo para o surgimento de estados depressivos, por exemplo. Sem contar os efeitos diretos nos processos de aprendizagem e memorização.

Sobre nutrientes

Mantenha uma alimentação saudável:

Ácidos graxos ômega-3, vitaminas B6, B12 e ácido fólico são alguns dos nutrientes com função reparadora e preventiva das células neurológicas.

Vitaminas E, C ou selênio, encontradas principalmente em alimentos de origem vegetal, possuem propriedades mais combativas dos radicais livres que reduzem a velocidade com que nossos neurônios produzem energia, comprometendo sua atuação.

Mas nada de ficar só comendo grãos. Especialistas enfatizam que uma dieta balanceada é a melhor maneira de equilibrar as necessidades químicas que o corpo possui para um bom funcionamento.

Algumas fontes importantes:

Leite: fonte de triptofano, um aminoácido. Consumido em conjunto com certos carboidratos, como, por exemplo, cereais ou pão integral, contribui para o aumento da serotonina. A serotonina é uma substância relacionada às alterações emocionais e um importante neurotransmissor que agiliza os processos cerebrais. Essa combinação de aminoácidos associada com carboidratos leves auxilia no alívio de dores e melhora o sono segundo alguns especialistas, quando utilizado pouco antes de dormir. Já o leite materno dentre as muitas qualidades, beneficia o desenvolvimento da cognição na infância, pela quantidade de ômega-3 e a duração de seus benefícios estende-se por toda a vida.

Frutas vermelhas: cerejas, morangos, melancia são bons exemplos. Auxiliam na manutenção da memória. Atuam diretamente no combate aos radicais livres, equilibrando e ampliando o potencial das funções mentais.

Vegetais verde-escuros: fonte de ácido fólico. Essa substância auxilia no funcionamento eficaz dos neurotransmissores. Como exemplos temos os brócolis, espinafre. Mas também encontramo-lo em feijões e carnes magras.

Peixes: Atum,, cavalinha, sardinha, salmão. São apenas alguns exemplos onde podemos encontrar uma carne rica em ômega-3. Essa substância é um óleo que age na membrana celular, dando a ela maior fluidez, o que facilita a comunicação entre neurotransmissores,, combatendo por exemplo a depressão em alguns casos. Outro alimento muito rico em ômega-3 é a linhaça.

Fibras: encontrados em alimentos integrais, frutas, levedo de cerveja e em nozes por exemplo. Em linhas gerais, estes alimentos auxiliam na saúde intestinal. Promovem uma melhor absorção dos nutrientes, dessa forma também cooperando para o funcionamento do cérebro.

Ovos: Assim como alguns legumes, os ovos são ricos em colina, um aminoácido, cuja deficiência está associada a doenças como o mal de Alzheimer. Mas não podemos esquecer que é preciso consumir ovos em quantidades regradas. Também facilita a produção de acetilcolina, importante para o bom funcionamento da memória.

Frutas e legumes amarelos: abóbora, cenoura, mamão, manga e pêssego, são alguns dos exemplos de alimentos que combatem o envelhecimento celular. Tudo isso graças às propriedades antioxidantes destes alimentos. A banana por sua vez contém vitamina B6 que também age na formação da serotonina.

Oleaginosas: castanhas, nozes, avelãs, amendoins são exemplos de vegetais óleos e gorduras utilizados pelo corpo como potentes antioxidantes. Além disso, contem ácido linolênico, rico em selênio e vitamina E.

Chás: o manganês, presente em muitos dos chás mais comuns e um mineral que constitui várias das enzimas encontradas em nosso corpo. Funcionam como antioxidantes, envolvem-se nos processos de metabolismo energético, tireóide e controle da glicose sangüínea.

Então boa alimentação!!!

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