terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Conversando sobre a função da arte de educar


A FUNÇÃO DA ARTE / 1
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
__ Me ajuda a olhar!
Eduardo Galeano. O livro dos abraços. L & PM, 2000


A primeira vez que li este texto de Galeano, ainda era um graduando no curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Hoje, ao reencontrar este texto em uma de muitas leituras não pude deixar de pensar nos múltiplos sentidos que atribuo a ele a partir da minha experiência docente. A que mais me chama a atenção hoje, quando leio é a de que o professor em muitos momentos assume a função de “ajudar” a olhar o mundo. E quando me refiro a esta função não falo apenas da educação de crianças. Quantas vezes, como aluno, já adulto, precisei do auxilio de um “mestre” para solucionar um problema ou ver de uma maneira mais ampla uma determinada situação. Aprendemos com bons professores a ver a uma situação primeiro a partir daquilo que ela tem de mais amplo, mais geral. Conforme progredimos no exercício do pensar, somos chamados a dominar cada vez mais aspectos particulares do nosso objeto de estudo. Infelizmente, já vi muitos professores que recusam essa ajuda. Alguns porque não sabem como auxiliar seus alunos. Outros pelo simples fato de acreditarem que estes não estão à altura de seus ensinamentos. Outras vezes pelo simples fato de não conseguirem enxergar o pedido de socorro de seus alunos.

Conversando sobre a função da arte de educar

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

conversando sobre mapas conceituais

Exemplo de mapa conceitual colhido na net

Artigo
"Mapas Conceituais: estratégia didática para o desenvovimento cognitivo e a aprendizagem significativa"
Autores:
Eloisa Gomes de Oliveira e Marcos Antonio Silva
RESUMO
Este texto focaliza a importância dos mapas conceituais nas aprendizagens realizadas em ambientes virtuais. Começa conceituando a interação, que garante produtividade e significância à aprendizagem coletivamente construída, suas peculiaridades e desafios, tomando como suporte teórico Piaget, Vygotsky, Primo e Cassol, entre outros. Este processo fundamental para os empreendimentos e projetos coletivos, processo de relação e influência mútua entre seres humanos, é essencial para os indivíduos e grupos voltados para determinados fins comuns. Ao estudarmos a interação em ambientes virtuais não podemos entendê-la apenas como uma variação quantitativa da velocidade de resposta do computador. É preciso valorizar a bidirecionalidade, a comunicação contextualizada, enfim, aquilo que ocorre entre os interagentes e a evolução inventiva e criativa dos relacionamentos, preservando a singularidade cognitiva do homem. Os processos de ensino e aprendizagem em ambientes virtuais demandam formas de facilitar e potencializar a interação que geram um novo corpo de conhecimentos sobre o ensino, um conjunto de novas estratégias, uma “nova Didática”. Apontamos os mapas conceituais, criados por Novak e fundamentados na teoria de Ausubel, como uma estratégia possível não apenas em ambientes presenciais, mas também em ambientes virtuais de aprendizagem, onde a comunicabilidade é encarada como elemento chave para qualquer processo educativo que vise à construção de uma aprendizagem significativa. O indivíduo constrói significado a partir de um acerto conceitual entre o conceito apresentado e o conhecimento prévio além é claro, de sua predisposição para realizar essa construção. A teoria da aprendizagem significativa de Ausubel tem como base o princípio de que o armazenamento de informações ocorre a partir da organização dos conceitos e suas relações, hierarquicamente, dos mais gerais para os mais específicos. Mapas conceituais são uma ferramenta gráfica utilizada para a representação da estrutura conceitual de um determinado conhecimento. Formam uma estrutura que vai dos conceitos mais abrangentes até os menos inclusivos. São utilizados para ordenar e seqüenciar hierarquizadamente os conteúdos de ensino, oferecendo estímulos adequados ao aluno. Tornam mais significativa e prazerosa a aprendizagem do aluno, que transforma o conhecimento sistematizado em conteúdo curricular, estabelecendo ligações do conhecimento com os conceitos relevantes que ele já possui. O texto prossegue apresentando as etapas de construção dos mapas conceituais, destacando o papel mediador do professor, e enfatiza como a tecnologia de informação e comunicação propicia ferramentas computacionais que facilitam a construção dos mesmos. Descreve experiências de utilização de mapas conceituais no Ensino Superior, seus resultados e as reações dos alunos diante desta metodologia.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Jornada Vivencial Terapeutica

Jornada Vivencial terapêutica

Viver melhor e se renovar como pessoa.

O estress, a falta de ânimo e tempo, são fatores que interferem de forma negativa em sua vida.
Os problemas do cotidiano e questões mal resolvidas se acumulam e você não sabe o que fazer, com quem falar, não conseguindo modificar essa situação.
A sua saúde física, mental e emocional sofre com isto.
Buscando oportunizar que você tenha um momento para falar sobre o que lhe aflige e tenha um primeiro contato com questões que afetam sua vida, de maneira lúcida e orientada por um profissional.
É que estou oferecendo a você estes encontros onde o equilíbrio e a qualidade de vida são as bases de um trabalho feito pensando no seu bem-estar.
Nossa jornada é realizada em 5 encontros: uma entrevista individual e 4 atividades em grupo.
Nossos encontros sempre iniciam com uma pratica de yoga.

Investimento total dos encontros. 100,00 (p/ professores da rede pública).
Turna: 3º e 5 º tarde ou noite.
Em janeiro
Reserve já sua vaga.

“O que você é, é um presente de Deus para você, mas o que você se torna é um presente seu para ele.’’
‘’Provérbio indiano.’’
Valeria Oliveira.
Inst. Yoga – Psicopedagoga clinica – Psicanalista
Inscrições limitadas
Local: Praça Saens Peña, Nº 55 sala 304.
Tel: 3471-7539 ou 87150087 – E-mail: Valeriah.mosaico@hotmail.com
Outro evento muito bacana, promovido pela professora Valéria Oliveira, membro fundador do Instituto Mosaico Educação e Saúde. Um grande abraço para todos!!


Cronograma de cursos do Instituto Mosaico Educação e Saúde para janeiro de 2009. O Instituto Mosaico é um OSCIP formada por profissionais ligados as áreas de Educação e Saúde. Seu objetivo é atuar na formação continuada de profissionais a partir de um trabalho específico ligado ao campo das neurociências e outros temas. Espero que gostem. Um grande abraço para todos.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Fatores de Aprendizagem: Maturidade Cognitiva


Falamos anteriormente dos fatores espacial e temporal. Relembrando: precisamos ter sempre em mente, que é preciso criar um espaço de aprendizagem mais acolhedor, agradável, pois isso tem influência direta no processo de aprendizagem do aluno. Também é essencial pensar no tempo de execução de uma atividade, considerando tanto o tempo que o professor leva para desenvolver a proposta quanto o tempo que o aluno precisa para desenvolver e assimilar estes conteúdos.
Quando me refiro a expressão “maturidade cognitiva” como um elemento que precisa ser observado dentro e fora do contexto escolar, pretendo fazer que vocês caros leitores percebam a importância novamente de compreender o contexto do aluno. Ao fazer esse movimento de encontro com a realidade do aluno é possível elaborar de forma mais consciente uma ação organizada cuja finalidade seria a elaboração e execução de estratégias de aprendizagem que auxiliem o aprendiz no desenvolvimento de seu próprio processo de aprendizagem tendo como foco seu estilo cognitivo. Consideramos aqui estratégias de aprendizagem como todo recurso utilizado pelo docente no sentido de auxiliar o aprendiz a compreender o conteúdo proposto. E por estilo de aprendizagem denominamos a maneira predominante que o indivíduo utiliza para assimilar as informações do meio. Os indivíduos podem ser mais visuais, sinestésicas, auditivas ou utilizar-se de outros sentidos. O importante é que o professor, consciente destas características, possui mais um leque de ferramentas para a construção de um trabalho realmente focado no aprendiz. Algumas dificuldades apresentadas no cotidiano escolar poderiam ser minimizadas se o docente tivesse posse deste conhecimento. Claro que trabalhar desta maneira requer mais do professor. Demanda mais tempo tanto para conhecer o aluno quanto para preparar uma atividade mais ampla. Mas o que tenho observado é que aqueles que se comprometem com essa metodologia conseguem muitos avanços em relação a diminuição das dificuldades dos alunos.

Fatores de Aprendizagem: Tempo de aprender


Já falamos anteriormente sobre a importância para o processo de aprendizagem da construção de ambientes, sejam eles físicos ou virtuais, que auxiliem na elaboração de um sentimento de pertencimento e bem estar, uma espécie de identificação do aprendiz com o espaço em questão. Não são raros os casos em que conversando com professores, pude ouvir sugestões de atividades muito interessantes. Mas nem sempre estes mesmos professores tem uma noção próxima do contexto de seus alunos em relação a dois elementos que interferem no tempo de execução de uma tarefa em contextos educacionais. O primeiro deles e mais fácil de ser identificado é o tempo que o professor precisa para explicar e desenvolver uma determinada atividade. É o tempo da apresentação, da exposição de idéias, da aula em si com todos os seus pré-requisitos. Quantas vezes preparamos uma atividade sem isso em mente e ao avaliar percebemos que gastamos mais tempo do que imaginávamos para apresentar ou explicar as tarefas? O segundo elemento, mais complexo, porque também demanda mais trabalho do docente, é a percepção do “tempo do aluno”. Será que a atividade que eu estou propondo dentro de um espaço de tempo limitado está de acordo com o tempo que aquele aluno realmente precisa para compreender e assimilar determinados conteúdos? E se não está, o que eu ofereço com o intuito de minimizar essa situação? Algumas propostas que acompanho já trabalham dentro de um contexto onde parte das atividades é pensada para ser realizada em casa. Notem que eu disse “pensada”. Digo isso, pois este movimento é diferente de “faz o resto em casa, porque o tempo da aula acabou”. Uma outra questão interessante quando nos referimos ao tempo do aluno está diretamente relacionada à quantidade de atividades que são repassadas para casa. Observo que muitos pais acreditam que uma boa escola é aquela que manda o aprendiz fazer dúzias de páginas de exercícios em casa, como se ele não tivesse nada melhor para fazer em casa. Então vemos um aluno que passa horas na escola e depois passa mais horas em casa estudando, ou seria decorando? Claro que passamos por fazes em nossa vida onde o lazer, amigos, namoro, etc são deixados um pouco de lado para priorizarmos uma determinada situação, que pode ser a entrada em uma universidade, a finalização de um processo a partir da construção de um trabalho acadêmico ou mesmo aquele período de provas finais no colégio. Lembremos que vivemos em uma sociedade onde é muito comum pensarmos em deixar as coisas para serem feitas depois. E o “depois” é sempre na véspera da prova, horas antes dos prazos fecharem, etc. Criar uma nova cultura baseada na organização pessoal é um elemento essencial quando pensamos no tempo. Fazer com que a criança e o adolescente possam elaborar seus próprios horários de trabalho deveria ser uma preocupação tanto da família quanto da escola. Aprendizes eficientes possuem uma rotina de trabalho baseada em suas próprias necessidades. Possuem metas. E estas metas têm prazos claros para execução. Eles nasceram assim? Até hoje nunca encontre um que dissesse sim. Eles foram incentivados a desenvolver tais comportamentos. Se este tipo de incentivo fosse dado na infância, muitos jovens não apresentariam tantas dificuldades no futuro.